EQUOTERAPIA: UM SONHO COMEÇA A SE TORNAR REALIDADE

O projeto de implantação de um Centro de Equoterapia começou a ser estruturado em Santo Antônio do Descoberto.

O vice-prefeito Aleandro, as secretárias de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda Joana Darc, de Educação Maria Iolanda e a de Saúde Antônia Eliane estiveram hoje (10/02) em reunião com os técnicos da Federação de Agricultura de Goiás (FAEG/SENAR) para definir os primeiros passos quanto a implantação de um Centro de Equoterapia no munícipio. Vale lembrar que é um projeto filantrópico, social, portanto, sem fins lucrativos.

O município atende hoje cerca de 300 alunos com algum tipo de deficiência. E, para se ter uma ideia do projeto, a equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo com a finalidade de reabilitar e educar as pessoas com deficiência. Os principais ganhos são os motores e os psicológicos.

Durante a reunião, representando o governo, o vice-prefeito Aleandro demonstrou um total interesse da administração em colocar o projeto em prática. “Nós já temos um local com a estrutura já bem adiantada, temos alguns animais e alguns parceiros interessados em nos ajudar. Algumas coisas já ficaram definidas nessa primeira reunião. Vamos trabalhar para montar o projeto e colocá-lo em prática o quanto antes. É um sonho que se realiza, pois nós temos muitas pessoas carentes que necessitam desse tratamento”, finalizou.

Para entender um pouco mais:

Segundo profissionais da área, a equoterapia é indicada para o tratamento dos mais diversos tipos de comprometimentos motores, como paralisia cerebral, problemas neurológicos, ortopédicos, posturais; comprometimentos mentais, como a Síndrome de Down, comprometimentos sociais, tais como: distúrbios de comportamento, autismo, esquizofrenia, psicoses; comprometimentos emocionais, deficiência visual, deficiência auditiva, problemas escolares, tais como distúrbio de atenção, percepção, fala, linguagem, hiperatividade, e pessoas “saudáveis” que tenham problemas de posturas, insônia, stress.

Durante toda a sessão, os terapeutas também ajudam a estimular a fala, a linguagem, o tato, a lateralidade, cor, organização e orientação espacial e temporal, memória, percepção visual e auditiva, direção, análise e síntese, raciocínio, e vários outros aspectos”, explica Jorge Matsuda. Na esfera social, a equoterapia ainda é capaz de diminuir a agressividade, tornar o paciente mais sociável, diminuir antipatias, construir amizades e treinar padrões de comportamento como: ajudar e ser ajudado, diminuir e aceitar regras, encaixar as exigências do próprio indivíduo com as necessidades do grupo, aceitar as próprias limitações e as limitações do outro.

Apesar de ser uma terapia bastante recomendada, ela tem restrições ou contraindicações, como quase tudo nessa vida. Por isso, é imprescindível que o paciente passe por uma avaliação médica que ateste as condições e também é recomendada uma análise psicológica e fisioterápica do futuro praticante.