Santo Antonio do Descoberto foi fundada por volta de 1722, no auge do ciclo do ouro do Brasil colônia. Tornou-se distrito de Luziânia em 1963 e emancipou-se em 14 de maio de 1982, 260 anos depois de achado ouro. O primeiro prefeito e a primeira câmara de vereadores foram eleitos em 15 de novembro seguinte. Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhangüera II, procedente de São Paulo, esteve por aqui em 1722, com sua bandeira composta por 152 pessoas, incluindo escravos, tendo como guia Urbano Couto Menezes.
Aqui, foi achado ouro, construída uma capelinha em louvor a Santo Antônio de Pádua e erigida uma cruz de madeira no alto do Morro Montes Claros. Como diz a lenda, os escravos acharam a imagem de Santo Antônio debaixo de um pé de angico e ao lado construíram uma capelinha para abrigar a imagem do Santo. É desconhecida a data precisa de quando se deu inicio à construção da capelinha, mas sabe-se que foi entre 1722 e 1748, conforme citação do “julgado das Ditas Minas de Santa Luzia”, um documento em que se delimitou a área de mineração. Esse documento de difícil leitura, foi copiado pelo escritor Paulo Bertran, do original em poder da Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Santo Antônio do Descoberto pela Lei Municipal n.º 493, de 20-01-1964, subordinado ao município de Luziânia. Em divisão territorial datada de 31-XII-1968 o distrito figura no município de Luziânia. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-I-1979.
Elevado à categoria de município com a denominação de Santo Antônio do Descoberto, pela Lei Estadual n.º 9.167, de 14-05-1982, sendo desmembrado de Luziânia. Sede no antigo distrito de Santo Antônio do Descoberto. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-02-1983. Em divisão territorial datada de 2003 o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2014.
Fonte: IBGE
O Primeiro Comércio
O primeiro comércio de Santo Antônio foi de João Elias Abdom e Felipe Ruyco. Foi fundado em 1938 e tinha o nome de Casa de Negócios depois armazém mais tarde Casa santo Antônio. Situado na rua dos carreiros. As lojas, armazéns e vendas funcionavam na parte da frente das casas, tinha um balcão de madeira separando a parte destinada aos clientes, da outra ficava os comerciantes, os vendedores e a prateleira com as mercadorias.
Em Frente ao comércio algumas pessoas entre eles, Abdon, Elias, Jorge, João Turco, Leonino Lopes Conde, Zeca de Bebe e algumas crianças, Sucena, José Maria de Jesus, William, Josefina, Augusta, Floricena, Helena, Nelson e outras, Como moradores e consumidores locais; Família Alex de Oliveira, Família Diniz, Família Urani, Família, Família Botelho, Família Santos, Todos moradores nas ruas ao redor da igrejinha.
Fonte: Historiador e Museólogo Carlos Carvalho da Mata [carece de fontes]
Linha do Tempo
Origem: Por volta do ano 1722, às margens do Rio Descoberto, onde a primeira vista, foi denominado de Montes Claros. Conta-se que Bartolomeu Bueno da Silva esteve por aqui, onde recolhera ouro, durante sua expedição na chamada corrida do ouro advindo de Minas Gerais. Estima- se que a atividade de exploração terminou em 1938. O processo de ocupação da terra, se dá com a fixação denominada Capoeirinha também conhecida como fazenda Montes Claros logo a seguir.
Os caminhos que davam acesso a fazenda, eram: ao Norte sobre o rio Descoberto, onde havia uma pequena ponte, e se avizinhava ao Sul com o rio Areias. A descoberta de riquezas minerais se deu em diferentes locais nas terras onde hoje se localiza o município de Santo Antônio do Descoberto, onde ainda hoje, alguns vestígios resistem ao tempo. Parte considerável das terras do município, foram doadas por Agostinho Lopes Conde.
Em 1956 foi instalada nas terras do município, uma entidade religiosa denominada Fraternidade Eclética Espiritualista Universal, em terras compradas da Fazenda Boa Vista e Sabaru. A partir de então a Entidade foi se estruturando, e hoje é uma pequena cidade com equipamentos de saúde, educação, gráfica, e um templo para meditação dos fiéis. Fases que antecederam a criação do município:
I – Povoado: A partir da instalação da fazenda de Agostinho Lopes Conde, que ia aos poucos se multiplicando.
II – Distrito de Santo Antônio: Nos anos 50 e 60, pelo fato de já haver um crescimento populacional considerado, no ano de 1963, de povoado a cidade passa a se tornar um distrito.
III – Município: Com a vinda de 1000 famílias no ano de 1974 oriundas de Samambaia (DF), Antônio Teixeira (Vereador) organizou um movimento político pela emancipação do distrito, o que veio a ocorrer efetivamente em 1982.[6]